Coleções

Estava aqui terminando mais um dia, quando fui ler um scrap de um amigo no orkut e me dei conta de que sou membro de 75 comunidades. Um absurdo, né? Eu não participo ativamente de nenhuma delas... eu visito os fóruns apenas quando me dá na telha...

Acho que muita gente faz isso também, afinal ninguém tem tempo de sobra para explorar cada um dos recursos que as inúmeras redes sociais oferecem, não é mesmo?

Dei uma olhada geral e retirei minha inscrição de algumas comunidades que estavam "mortas" ou até mesmo tinham mudado de foco... algumas delas cheias de spams de conteúdo duvidoso... melhor mesmo cair fora...

No entanto, me lembrei de quando entrei no orkut... lá em 2004... uma das primeiras comunidades que entrei foi uma sobre Telecartofilia. Eu coleciono cartões telefônicos desde 1993 mais ou menos... não sei bem como começou essa mania. (Acho que foi algo meio aleatório... por exemplo, meus pais eram fumantes e quando eu era pequena eu colecionava os isqueiros BIC que eles descartavam...) Quando eu me casei, me desfiz de todos eles... afinal... nunca fumei, nem nunca concordei com a prática... e achei que não fazia sentido guardá-los.

Ainda tenho algumas moedas e cédulas antigas que ganhei dos meus pais e da minha avó... e esse mar de cartões telefônicos, alguns inclusive doados por uma grande amiga cuja tia desistiu da coleção.

Dei uma pesquisada na internet e vi que tem uma galera que leva o negócio a sério e ganha dinheiro com isso! Eu, infelizmente, não tenho nenhuma raridade... nem cartão importado, nada..., mas isso tudo me fez pensar no quanto às vezes nos apegamos a coisas simbólicas, a objetos, livros, cartas, coisas que nos remetem a um outro momento das nossas vidas...

Eu mantenho vários desses símbolos em pequenas caixas, latas, pastas... tenho até uma coleção incompleta, desorganizada e mal acabada de artigos de jornais e revistas que abordavam a revitalização do centro histórico de São Paulo. Quem sabe, algum dia eu uso minha veia de pesquisadora para dar um sentido criativo a isso tudo?

Deixo essa pequena amostra de alguns dos meus cartões favoritos...

Café Filosófico

Ontem no programa "Café Filosófico" da TV Cultura... a palestrante falava sobre o amor e o sexo no mundo contemporâneo, com toda sua urgência, conflitos, mas sobretudo cada vez mais dissociados um do outro. O mal da modernidade seria a falsa ideia de que podemos alcançar a plenitude.
Em um certo momento, ela disse que não se pode aprender a amar... e que todo novo amor assusta, arrebata, causa surpresa e que nunca estamos preparados para ele...
Me pergunto se a gente aprende a amar, durante o relacionamento... um jeito saudável de amar, de se comunicar, de interagir, de valorizar o outro, de dividir um pouco de nós com o outro. Mais difícil ainda é ser alguém melhor com o outro, sendo inteiro... e não metade...
Por mais que eu faça essas perguntas constantemente... no fundo eu sei que nem precisava pensar a respeito, que não precisava racionalizar emoções..., mas tenho esse péssimo hábito...
Talvez alguns encarem isso como frieza..., afinal... porque não deixar de lado a reflexão e simplesmente vivenciar? Mas às vezes pensamos sobre o amor, não no sentido utópico de quem idealiza e não experimenta, mas pensamos mais sobre ele na medida em que nos vemos imersos em sua complexidade e unicidade, na medida em que o amor nos prega peças...
Racionalizar para mim é apenas uma tentativa de se proteger da dor inevitável e inerente ao amor... um passo na direção de se munir de conhecimento sobre o amor... Doce (triste) ilusão!
Tomara que eu sofra menos por amor, mas sem perder esse delicioso frio na barriga, esse sentimento que me move, que me instiga, que me bagunça constantemente...
No mundo em que vivemos isso é raro e é muito bom!

Tarefa cumprida

É tão bom se propor uma meta e conseguir cumprir!

Na segunda-feira, no auge da minha animação de aniversariante me propus finalizar um artigo até hoje.

Não vou dizer que ficou acabado e perfeitinho, mas ao meu ver está coerente. Vamos ver a opinião dos leitores especializados...

Agora, vou dar uma relaxada... assistir um filme e curtir meu amor...

Segunda-feira tem mais desafios pela frente... Melhor guardar energia, ter bastante disposição e não desistir...

Vamos Mari!!!! Dia 31 de outubro está bem pertinho... e ainda há muito a fazer!!!!

Pensamentos vagos

Boa tarde!

Estou aqui em casa, como sempre rodeada por textos, livros, anotações por todo lado. É incrível quanto tempo eu consigo ficar imersa nesse mundo que pode ser tão instigante e apaixonante quanto entediante e chato. Deve ser por isso que me peguei prestando atenção em objetos e detalhes da minha sala.
Olho ao meu redor e vejo tantos elementos aparentemente tão desconexos entre si...
Sobre a mesa da sala de jantar, dois mini vasos cujas flores estão secas e sem viço. Nunca dou muita sorte quando me deixo encantar por flores e plantas vendidas em supermercados, por mais que eu cuide delas com todo o cuidado, logo testemunho a morte vagarosa das plantinhas.
Um encarte publicitário de uma loja de utensílios de decoração dobrado e meio esquecido... aguardando o momento de ser descartado. Cadeiras desalinhadas, canetas espalhadas, tudo indica que algo está em curso, em fase de elaboração. E está mesmo!
Por hoje nada mais a declarar... fico agora com meus pensamentos vagos que insistem em me atormentar. Eles podem chegar de mansinho, mas nesse instante não tenho muito tempo para eles e a racionalidade vai imperar.

28 anos

Hoje completo 28 anos!!!
Surpreendentemente depois de dois dias de muita angústia e choradeira... acordei tranquila e de peito aberto. Eu que sempre busco inspiração em um dia ensolarado... não tive tal sorte quando abri a janela pela manhã... O tempo esfriou e choveu bastante o dia inteiro. Deus me presenteou com um dia nublado e muita água..., mas por alguma razão, hoje isso não importou.
Encarei a tempestade como um sinal de renovação e cada telefonema, e-mail, torpedo ou scrap que recebi como vibrações de luz!
Hoje estou muito feliz, feliz por ter tantas pessoas com as quais me identifico fazendo parte da minha vida... e pelas quais sinta tanto amor!
O que mais podemos almejar na vida em termos imateriais?
Dentro do que eu concebo como necessário e vital... tenho tudo o que preciso! Saúde, Amor, Família e Amigos, Garra, Fé, Determinação, Curiosidade e alguma superstição...rs

Ser autoral

São 02h26... a madrugada está agradável com 21º C, minha cabeça no entanto fervilha...

Conversei com meu orientador ontem sobre minha dissertação e ele me alertou sobre minha dificuldade de me desprender de trabalhos e opiniões alheias.

Meu esforço por respaldar meus argumentos foi tão grande que me deixei encobrir por um emaranhado fragmentado de ideias que são essenciais na construção do meu argumento, mas não necessariamente refletem o que penso.

Num primeiro instante, fiquei meio desapontada... não sei se todo mestrando, doutorando se sente dessa forma, mas no meu caso eu busco amadurecimento como profissional da área acadêmica e imaginei que após 7 anos de dedicação à pesquisa (somando a iniciação científica na graduação), já estaria suficientemente segura para ser clara, objetiva e autoral, tanto nas minhas exposições orais quanto em minhas publicações... Triste engano! Não tem jeito, a pior maneira de estacionar é se acomodar, permanecer em uma zona de conforto que não exige muito esforço da gente e acho que caí nessa cilada: pensei que não tinha nada mais a aprender sobre como me comunicar, sobre como expor meu raciocínio de maneira envolvente, concisa e objetiva.

Foi quando eu me questionei: "Como posso ser mais autoral?" "Como posso imprimir mais meu estilo ao que escrevo?" "Em que medida, a forma de um texto acadêmico pode comprometer tanto o entendimento do conteúdo de um trabalho quanto a percepção do leitor sobre o autor desse texto?"

Ainda não tenho respostas definitivas para essas perguntas, mas desconfio que um caminho para isso é ousar e se permitir, a despeito das críticas que possam surgir.

Nessas idas e vindas pensando sobre o assunto eu notei que já há algum tempo me pergunto como ser mais autoral nesse blog também. Tento me dedicado a escrever sobre temas mais abstratos e intimistas, escolhendo dessa forma... tenho me mantido distante tanto de polêmicas quanto do risco de superexposição...rs Será que isso é bom?

Acabei de ler um post de um blog que venho acompanhando http://chadehortela.com.br/ entitulado "Conteúdo original". Nele, a autora, Liliana faz severas críticas à tendências de muitos blogueiros se apropriarem de conteúdos, sobretudo estrangeiros, sem adicionar nada de original, de autoral, penso eu, nessas reproduções.

Traçando um paralelo entre minhas lamúrias acadêmicas e minhas recentes incursões nesse blog, concordo com ela. Sem dúvidas, a vantagem de acompanhar blogs é ter acesso à opiniões que não estão sujeitas ao crivo da grande imprensa; é dispensar o politicamente correto; é se desprender da tentativa de ser imparcial, tarefa árdua que tantos profissionais de comunicação renomados se sacrificam, quase sempre, sem sucesso, para atender.

Vou tentar atender a esses "chamados" pela originalidade... tanto nesse blog quanto em meus trabalhos acadêmicos... e para isso, vou tentar perder o medo de errar...

Escolhas

Boa noite!

Terça-feira pós-feriado bem estranha essa... Um dilúvio atingiu a cidade bem no dia em que precisei ir para a zona sul.

Sempre que acordo e vejo o céu cinzento já me sinto mais reflexiva do que o de costume... (como se em algum momento eu parasse de pensar de modo incessante e até mesmo doentio)

Estava aqui pensando nas escolhas que fazemos durante a vida. Desde a profissão, aos lugares que vamos frequentar, aos valores que vamos manter, aos amigos que vamos fazer questão de conservar, os hábitos que não vamos abandonar, enfim... todas as pequenas e grandes escolhas que insistem em nos deixar às vezes em verdadeiras encruzilhadas....

Embora às vezes eu queira fugir de muitas escolhas difíceis e incômodas é bom demais vislumbrar um mundo de possibilidades, melhor ainda é se comprometer com essas escolhas e vivenciá-las intensamente, independentemente dos desdobramentos futuros...

Feriado gostoso

Olá!

Que delícia de feriado hoje! E eu que já estava me conformando com as previsões de feriado prolongado chuvoso e nublado!
Hoje amanheceu um dia maravilhoso! Céu azulzinho, muitos pássaros vindo visitar minha varandinha... mesmo morando numa metrópole tão poluída e pouco afeita a acolher a natureza.
Podei as plantas, li jornal, ri muito com meu marido, cozinhamos juntos...
Realmente a felicidade aparece nas pequenas coisas!
Vou lá almoçar... no horário maluco que definimos para saborear nossas aventuras culinárias: 17h07min! rs

Abraços

Mari

Concentração e Dispersão

Hoje está um dia seco e quente aqui em São Paulo... para quem tem rinite como eu... um clima perfeito para a reação alérgica chegar de mansinho e nos fazer refém de lenços e mais lenços...
Comecei o dia bem concentrada, fazendo uma leitura sobre iniciativas chilenas de atrair investimento estrangeiro em indústrias de alta tecnologia.
Foi só eu consultar o Google Reader para a dispersão começar... múltiplos interesses me deixaram imersa nesse mundo de informações que é a internet..., mas tudo bem... eu hei de achar meu caminho...