Agora há pouco estava lendo uma reportagem sobre Leite de Rosas (sim aquele cosmético antigo do frasco rosa...rs) no portal da Revista Exame e logo puxei na memória a imagem da minha avó, toda vaidosa!
Desde que me entendo por gente, minha vó sempre tinha uma dica caseira para dar:
- "Quer ter uma pele lisinha? Passe sabonete com um pouquinho de açúcar no rosto. Depois não se esqueça de passar algodão com leite de rosas."
- "Quer que seu cabelo fique brilhando? Bata no liquidificador um abacate com óleo de amêndoas"
Em épocas de vacas magras... essas dicas ajudavam bastante!
Minha vó sempre teve um lado curandeira também:
Para tosse - chá de guaco com canela e mel
Para dor de estômago e má digestão - chá de boldo
Ela sempre cultivou essas ervas no quintal com todo carinho e quando qualquer filho ou neto precisava, lá estava ela a preparar seus remédios caseiros.
Certa vez, perguntei à minha avó como ela aprendeu essas práticas. Ela me disse que parte ela aprendeu em sua infância quando morava com os pais na cidade de Dois Córregos no interior de São Paulo. Outra parte ela aprendeu através de uma revista sobre o potencial terapêutico das plantas, que ela passava horas e horas a folhear.
Se algumas dicas da minha avó eram úteis e infalíveis, outras recomendações que recebia dela, hoje me fazem rir!
Quando pequena ouvi algumas pérolas muito cômicas:
1) Nunca olhe no espelho após às refeições, você pode ficar com a boca torta!
2) Nunca toque uma borboleta, ela pode te deixar cega!
3) Não prepare um bolo no período menstrual, senão ele não vai crescer!
De onde surgem essas crenças? Não sei dizer ao certo como se propagam essas crendices populares, mas ao que tudo indica elas acabam se transmitindo de geração em geração e fazendo uma busca rápida na internet verifiquei que certas crenças ainda prevalecem no século XXI.
A despeito desse aspecto mais cômico, tenho grande prazer em conhecer um pouco da história pessoal dos integrantes da minha família. Nada mais gostoso do que sentar para conversar com meus avós com toda calma do mundo, sem olhar no relógio, ouvindo seus relatos, que nada mais são, do que olhares muito particulares de um passado coletivo, depoimentos esses que refletem a mentalidade que prevalecia no início do século XX tanto no interior do estado de São Paulo, quanto da capital em ascensão.
Desde que me casei, em dezembro de 2006, também tenho tido a oportunidade de ouvir os relatos dos avós maternos do meu marido, sempre dispostos a dividir comigo um pouquinho de suas recordações.
Essa troca é maravilhosa e o que mais me encanta são as múltiplas possibilidades de aprendizado e a deliciosa sensação de conversar em um ritmo mais brando, despreocupado e por isso mesmo apaixonante!
Um cantinho para expor um pouco da minha rotina, das minhas ambições, do meu interior.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Cinema Europeu
Acho que nunca mencionei aqui no blog, mas gosto muito de cinema e estava aqui pensando nos filmes que tive a oportunidade de assistir nas últimas semanas, coincidentemente europeus.
Me considero bastante aberta para o novo, são poucos os gêneros de filmes que não me agradam, para ser sincera eu dispenso filmes de terror e filmes de comédia escrachada. (por mais que muitos amigos já tenham me dito que podemos encarar certos filmes de terror como comédia...rs)
Quanto aos demais gêneros, sempre que possível me permito conhecer o filme, mesmo que eu nunca tenha ouvido falar do diretor, mesmo que eu nunca tenha lido nenhuma crítica positiva, mesmo que seja uma produção de uma país que não tem tradição no cinema.
O que me atrai é a possíbilidade de olhar o mundo, durante poucas horas, a partir de um outro olhar; me entreter; refletir; me emocionar; me indignar, etc. A pior sensação que podemos ter após assistir um filme é a indiferença, penso eu.
Pois bem, voltando aos filmes que assisti, tratam-se de três filmes alemães muito fofos... Barfuss (2005), Soul Kitchen (2009) e Aprendendo a Amar (2007).
Barfuss é um filme leve, a despeito de ter como personagem principal Leila, uma paciente severamente perturbada que foge de uma sanatório em busca de liberdade e amor. Leila segue Nick Keller, um homem de família tradicional e bem resolvida financeiramente, que no entanto vive desvinculado desse lar, buscando seguir uma trajetória independente. Nick não tem emprego fixo, vive imerso em relacionamentos fugazes e sem sentido. O filme todo aborda a aproximação de Leila e Nick, com todas as suas dificuldades e sutilezas. Vale a pena assistir, sobretudo pela fotografia do filme.
Já Soul Kitchen é um barato, uma trilha sonora muito contagiante! Li outro dia que trata-se do típico "Feel Good Movie"... não gosto de rótulos, mas esse termo até que se aplica ao filme. Gosto de filmes que revelam um pouquinho do que acontece no cotidiano dos imigrantes na Europa Ocidental. Nesse caso em particular, não é o mote principal do filme, a questão da imigração é apenas pano de fundo. Há exemplos de outros filmes nos quais abordagem é bem mais amarga, mostrando que é um aspecto mal resolvido da política externa na União Européia, como produção francesa "Bem vindo" (2009. Não vou falar muito mais de Soul Kitchen, porque o filme ainda está em cartaz... então vale a pena conferir.
Por último, o filme Aprendendo a Amar. Essa comédia romântica é a prova de que cinema europeu também pode ser comercial e entreter. Sinopse: jornalista de tablóide alemão exagera na dose ao perseguir uma celebridade e após julgamento, tem a oportunidade de cumprir pena alternativa prestando serviços voluntários em uma creche.
É bem filme de sessão da tarde, despretensioso, mas pelo menos é uma comédia romântica não ambientada em Nova Iorque...rs Não tenho nada contra Nova Iorque, mas é uma locação cinematográfica tão frequente e cheia de clichês que às vezes dá vontade de ver algo novo.
Bem é isso! Nunca é tarde para se ver um filme... vi Casablanca somente há alguns poucos meses atrás... e nada melhor do que não ficar refém de uma programação imposta pelas grandes redes. O importante mesmo é ter opções e o prazer de assistir um filme de acordo com seu estado de espírito!
Dica: O site Catraca Livre realiza duas promoções semanais nas quais os contemplados pagam apenas R$2,00 pelo ingresso! Tá certo que existe a limitação quanto aos dias e locais (Às terças os ingressos são válidos para o HSBC Belas Artes e às quintas para o Reserva Cultural, mas considerando o preço médio do cinema em São Paulo, até que compensa! :)
Me considero bastante aberta para o novo, são poucos os gêneros de filmes que não me agradam, para ser sincera eu dispenso filmes de terror e filmes de comédia escrachada. (por mais que muitos amigos já tenham me dito que podemos encarar certos filmes de terror como comédia...rs)
Quanto aos demais gêneros, sempre que possível me permito conhecer o filme, mesmo que eu nunca tenha ouvido falar do diretor, mesmo que eu nunca tenha lido nenhuma crítica positiva, mesmo que seja uma produção de uma país que não tem tradição no cinema.
O que me atrai é a possíbilidade de olhar o mundo, durante poucas horas, a partir de um outro olhar; me entreter; refletir; me emocionar; me indignar, etc. A pior sensação que podemos ter após assistir um filme é a indiferença, penso eu.
Pois bem, voltando aos filmes que assisti, tratam-se de três filmes alemães muito fofos... Barfuss (2005), Soul Kitchen (2009) e Aprendendo a Amar (2007).
Barfuss é um filme leve, a despeito de ter como personagem principal Leila, uma paciente severamente perturbada que foge de uma sanatório em busca de liberdade e amor. Leila segue Nick Keller, um homem de família tradicional e bem resolvida financeiramente, que no entanto vive desvinculado desse lar, buscando seguir uma trajetória independente. Nick não tem emprego fixo, vive imerso em relacionamentos fugazes e sem sentido. O filme todo aborda a aproximação de Leila e Nick, com todas as suas dificuldades e sutilezas. Vale a pena assistir, sobretudo pela fotografia do filme.
Já Soul Kitchen é um barato, uma trilha sonora muito contagiante! Li outro dia que trata-se do típico "Feel Good Movie"... não gosto de rótulos, mas esse termo até que se aplica ao filme. Gosto de filmes que revelam um pouquinho do que acontece no cotidiano dos imigrantes na Europa Ocidental. Nesse caso em particular, não é o mote principal do filme, a questão da imigração é apenas pano de fundo. Há exemplos de outros filmes nos quais abordagem é bem mais amarga, mostrando que é um aspecto mal resolvido da política externa na União Européia, como produção francesa "Bem vindo" (2009. Não vou falar muito mais de Soul Kitchen, porque o filme ainda está em cartaz... então vale a pena conferir.
Por último, o filme Aprendendo a Amar. Essa comédia romântica é a prova de que cinema europeu também pode ser comercial e entreter. Sinopse: jornalista de tablóide alemão exagera na dose ao perseguir uma celebridade e após julgamento, tem a oportunidade de cumprir pena alternativa prestando serviços voluntários em uma creche.
É bem filme de sessão da tarde, despretensioso, mas pelo menos é uma comédia romântica não ambientada em Nova Iorque...rs Não tenho nada contra Nova Iorque, mas é uma locação cinematográfica tão frequente e cheia de clichês que às vezes dá vontade de ver algo novo.
Bem é isso! Nunca é tarde para se ver um filme... vi Casablanca somente há alguns poucos meses atrás... e nada melhor do que não ficar refém de uma programação imposta pelas grandes redes. O importante mesmo é ter opções e o prazer de assistir um filme de acordo com seu estado de espírito!
Dica: O site Catraca Livre realiza duas promoções semanais nas quais os contemplados pagam apenas R$2,00 pelo ingresso! Tá certo que existe a limitação quanto aos dias e locais (Às terças os ingressos são válidos para o HSBC Belas Artes e às quintas para o Reserva Cultural, mas considerando o preço médio do cinema em São Paulo, até que compensa! :)
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