Acho que nunca mencionei aqui no blog, mas gosto muito de cinema e estava aqui pensando nos filmes que tive a oportunidade de assistir nas últimas semanas, coincidentemente europeus.
Me considero bastante aberta para o novo, são poucos os gêneros de filmes que não me agradam, para ser sincera eu dispenso filmes de terror e filmes de comédia escrachada. (por mais que muitos amigos já tenham me dito que podemos encarar certos filmes de terror como comédia...rs)
Quanto aos demais gêneros, sempre que possível me permito conhecer o filme, mesmo que eu nunca tenha ouvido falar do diretor, mesmo que eu nunca tenha lido nenhuma crítica positiva, mesmo que seja uma produção de uma país que não tem tradição no cinema.
O que me atrai é a possíbilidade de olhar o mundo, durante poucas horas, a partir de um outro olhar; me entreter; refletir; me emocionar; me indignar, etc. A pior sensação que podemos ter após assistir um filme é a indiferença, penso eu.
Pois bem, voltando aos filmes que assisti, tratam-se de três filmes alemães muito fofos... Barfuss (2005), Soul Kitchen (2009) e Aprendendo a Amar (2007).
Barfuss é um filme leve, a despeito de ter como personagem principal Leila, uma paciente severamente perturbada que foge de uma sanatório em busca de liberdade e amor. Leila segue Nick Keller, um homem de família tradicional e bem resolvida financeiramente, que no entanto vive desvinculado desse lar, buscando seguir uma trajetória independente. Nick não tem emprego fixo, vive imerso em relacionamentos fugazes e sem sentido. O filme todo aborda a aproximação de Leila e Nick, com todas as suas dificuldades e sutilezas. Vale a pena assistir, sobretudo pela fotografia do filme.
Já Soul Kitchen é um barato, uma trilha sonora muito contagiante! Li outro dia que trata-se do típico "Feel Good Movie"... não gosto de rótulos, mas esse termo até que se aplica ao filme. Gosto de filmes que revelam um pouquinho do que acontece no cotidiano dos imigrantes na Europa Ocidental. Nesse caso em particular, não é o mote principal do filme, a questão da imigração é apenas pano de fundo. Há exemplos de outros filmes nos quais abordagem é bem mais amarga, mostrando que é um aspecto mal resolvido da política externa na União Européia, como produção francesa "Bem vindo" (2009. Não vou falar muito mais de Soul Kitchen, porque o filme ainda está em cartaz... então vale a pena conferir.
Por último, o filme Aprendendo a Amar. Essa comédia romântica é a prova de que cinema europeu também pode ser comercial e entreter. Sinopse: jornalista de tablóide alemão exagera na dose ao perseguir uma celebridade e após julgamento, tem a oportunidade de cumprir pena alternativa prestando serviços voluntários em uma creche.
É bem filme de sessão da tarde, despretensioso, mas pelo menos é uma comédia romântica não ambientada em Nova Iorque...rs Não tenho nada contra Nova Iorque, mas é uma locação cinematográfica tão frequente e cheia de clichês que às vezes dá vontade de ver algo novo.
Bem é isso! Nunca é tarde para se ver um filme... vi Casablanca somente há alguns poucos meses atrás... e nada melhor do que não ficar refém de uma programação imposta pelas grandes redes. O importante mesmo é ter opções e o prazer de assistir um filme de acordo com seu estado de espírito!
Dica: O site Catraca Livre realiza duas promoções semanais nas quais os contemplados pagam apenas R$2,00 pelo ingresso! Tá certo que existe a limitação quanto aos dias e locais (Às terças os ingressos são válidos para o HSBC Belas Artes e às quintas para o Reserva Cultural, mas considerando o preço médio do cinema em São Paulo, até que compensa! :)
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